sábado, 15 de janeiro de 2011

Rescaldo

Custa imenso escrever depois de observar o Paços de Ferreira mandar em Alvalade e levar os três pontos. É verdade que o árbitro foi habilidoso, mas não é menos certo que o último dos problemas do Sporting é a arbitragem.

Veio-me à cabeça as palavras de Paulo Sérgio aquando da recepção do Braga. Também hoje a equipa leonina recebeu o que o jogo (e o árbitro) deu. Um Sporting distante de qualquer conceito de domínio de jogo, reagente, adormecido.

Aguardo, serenamente, por demissões. Pois ainda acredito serem pessoas de bem. Mas a paciência tende a acabar-se...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Movimentações

Os rumores que têm rodeado a equipa do Sporting prevêem a chegada de extremos a Alvalade. Dos nomes apontados a minha preferência vai, claramente, para Bruno Gama. Paulo Sérgio, embora tenha passado leonino, parece-me apenas mediano. Acredito, contudo, que os esforços da SAD vão no sentido de contratar um ponta de lança (especialmente após as paragens de Postiga e Djaló).

O eventual regresso de Ricardo seria absolutamente ridículo. Quis sair à procura de euros e agora quer reforma dourada?


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Mercado de Inverno

Já referi muitas vezes que o mercado de Inverno é, na maioria dos casos, um engano. É preciso evitar o, mau exemplo, dado há um ano atrás, fazendo uma gestão racional da nossa condição económica.

No entanto, o actual plantel do Sporting tem vários desequilíbrios e é fundamental começar a trabalhar, de imediato, para colmatá-los.

1. Centro da defesa. Perfil desejado: experiência na Liga Portuguesa, envergadura, jogo aéreo. (há vários jogadores nessas condições, Rodriguez -  a custo 0 - seria o meu preferido)

2. Lateral esquerdo. Sendo Grimi um peso morto, é fundamental dar luta a Evaldo. Não me parece que em Portugal exista jogadores disponíveis para a posição.

3. Flancos. Necessitamos de dois jogadores (caso a saída de Izmailov seja inevitável). Deveria ser uma das nossas apostas fortes.

4. Ataque. Com o declínio de Liédson, seria a outra posição onde gastar dinheiro.

Neste mercado, deveríamos estar especialmente atentos aos jogadores em fim de contrato. Rodriguez seria um alvo muito apetecível, mas também vejo com bons olhos a propalada aproximação a Bruno Gama (jogador trabalhador e com alguma margem de progressão). Investiria também tempo numa prospecção profunda de mercado à procura de jogadores interessantes. Sinto o Sporting demasiado dependente dos empresários, sempre disposto a comprar gato por lebre em vez de procurar salvaguardar os melhores interesses do clube...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Boas notícias

Pode soar (e realmente é) a embirração, mas a lesão de Postiga acaba por ser uma boa notícia. Por muito que o pintem em cores favoráveis (e devo reconhecer que esta época tem estado uns furos acima do zero absoluto que tem sido em Alvalade), não consigo simpatizar com o seu estilo quezilento e desconcentrado.

E fico contente não pela lesão em si (como é óbvio), mas por "obrigar" Paulo Sérgio apenas Liedson na frente. Só, mas com o apoio de Vukcevic, Valdez, Salomão, Djaló (e, quando e se chegar, Izmailov).

domingo, 9 de janeiro de 2011

Ser adepto...

Desde que, por motivos profissionais, tive que singrar no tomo norte do nosso país, recuperei o hábito de ver a bola fora de casa (abandonando o aburguesado sofá e a recôndita Sporttv). Tendo experimentado alguns espaços, optei por um daqueles cafés "à antiga", onde o futebol continua a ser a religião fundamental e o comentário ao jogo um acto de afirmação e, porque não, de higiene mental.

Acontece que os meus companheiros de sofrimento é tudo gente dos seus sessenta p'ra cima. A sua forma de ver o Sporting fez-me repensar alguns conceitos que tinha como seguros, sobretudo na maneira como vivem a actualidade do clube.

Nas minhas maduras trinta e cinco primaveras devo reconhecer que os momentos de apogeu do futebol leonino não foram, infelizmente, muito profícuos. Dois campeonatos, umas taças, outras supertaças e pouco mais. Contudo, senti sempre na minha meninice e adolescência o frémito e a crença renovada de direcções nem sempre muito habilidosas, mas em que a premissa sempre foi a mesma, ser campeão.

Ao ouvir a revolta quase incontrolável de um adepto já sexagenário, de súbito compreendi. O Sporting "dele" jamais se teria arrastado como o presente leão. Na sua óptica, o Sporting deve ser uma equipa brava, forte, determinada. Não consegue vincular-se a este Sporting envergonhado, trémulo, submisso. E esperneia. vocifera, insulta (como a gente do Norte tão bem sabe fazer).

Compreendi, naquele momento, que o grande perigo que o Sporting atravessa é precisamente esta crescente tolerância à mediocridade, ao continuado desrespeito dos princípios que fundearam este clube. As gerações que viram um Sporting dominador estão a desaparecer e quem as substitui carece desse "vício".

Ouço Paulo Sérgio e pergunto-me como foi possível terem-no tornado treinador do meu clube. Por muito que o esconda, está satisfeito com o 3º lugar. Afinal de contas, nunca tinha experimentado essa sensação e sabe. no fundo, que não mais a voltará a sentir.

E o Sporting?