Transferências de Inverno

Servem para:

1. Limpar cagadas anteriores.

2. Comprar refugo.

3. Gastar dinheiro que não se tem.

Bem sei, André Cruz, Mpenza e Prates. Um incursão positiva. E quantas é que deram em nada?

O Sporting não necessita de pinheiros, nem chips, nem cliques. Precisa é de gente competente e de trabalho. Muito trabalho...

Coração de Leão

A chamada de Couceiro é surpreendente, mas corresponde, em vários níveis a necessidades que o Sporting demonstrava há muito:

1. "Afastar" Bettencourt do futebol. Era notório o desgaste e a falta de à vontade de JEB enquanto interveniente directo na gestão do futebol profissional. Couceiro tornar-se-á o rosto da estrutura e libertará o Presidente para a parte financeira.

2. "Esvaziar" Costinha. Por muito que se negue, o tempo de Costinha terminou em Alvalade e a chegada de Couceiro permitirá esbater a sua área de acção até definir o substituto.

3. Regressar a uma política de formação de jovens talentos. Vamos ouvir Couceiro falar muito de juventude. A sua tarefa vai passar por redimensionar as estruturas da Academia e reassumir a vocação formadora do leão.

Paulo Sérgio

À semelhança de Costinha, o futuro do Sporting não passará por ele. Neste momento não se preconiza a saída a breve trecho, mas uma das mais importantes tarefas do Director Geral será definir um novo perfil de liderança técnica.

O senhor que se segue:

Sá Pinto é o homem definido para blindar o balneário. "Estagia" em Leiria, mas, no final da temporada, regressará a Alvalade. Foi-me referido que um dos primeiros contactos de Couceiro foi precisamente com o Coração de Leão. Existe disponibilidade para integrar a nova estrutura, mas tal significará a saída de Liedson. O brasileiro está de malas aviadas e o empresário já recebeu instruções para procurar alternativas para o avançado a curto prazo, ou então no final da temporada. A sua saída imediata aliviará a folha salarial do Sporting, permitindo começar a procurar desde já um ponta de lança.

Boa exibição

Paulo Sérgio conseguiu evitar o inevitável por mais algumas semanas. Não sendo daqueles que desejava um resultado menos conseguido para ver cair o técnico não consigo deixar de constatar que só encostado às cordas este leão consegue reagir.

E pergunto: o que é preciso para manter esta atitude sempre??? 

Sempre referi que este Sporting tem potencial para bastante mais, que temos melhor equipa que nos anos anteriores e que o pecado capital deste Sporting é ter apostado num treinador sem capacidade. Festejar esta vitória como se uma final se se tratasse? Não consigo. Desdenhar o que de bom vimos hoje? Também não. Estou feliz com a exibição, mas sei que o destino de Paulo Sérgio e Costinha está traçado. Mais semana, menos semana.

E enquanto se continua a brincar às SAD's, o Sporting perde tempo precioso...

Solução? Ter começado a procurar um treinador a sério há já algumas semanas e, sobretudo, alguém com nível para dirigir o futebol do Sporting.

Solução?

Agir, preparar, antecipar, prever, estudar, trabalhar em vez de simplesmente reagir.

"Finito"

Regressamos amanhã a Setúbal. Quando ouço na blogosfera e nos media um tom decisivo a rodear este encontro, dou por mim a pensar na falta de visão estratégica que impera hoje no meu clube. E lamento profundamente que se prepare para se fazer rolar mais uma cabeça em Alvalade.

Mas deve continuar Paulo Sérgio à frente da equipa? Claro que não. Sobretudo NUNCA deveria ter sido chamado a essa responsabilidade. Sendo assim, qualquer decisão desta magnitude não pode afectar apenas a direcção técnica. E, nesta lógica, Bettencourt não pode ter passar, uma vez mais, incólume. A meu ver, só tem uma alternativa que o salve da demissão: encontrar dois pesos- pesados para o futebol. Personalidades acima de qualquer dúvida que salvaguardem JEB de uma saída sem glória.

É muito difícil encontrar esses nomes? Muito mesmo. Mas insistir em tiros no escuro pode levar o Sporting a um beco sem saída e a uma turbulência que não é desejável. Por isso, ou se afasta e arranja alguém competente que mande no futebol, ou então José Eduardo Bettencourt "e finito"!