Após um longo interregno, retorno a este espaço aproveitando o fim da pré-época do Sporting, procurando fazer um balanço daquilo que foi feito e das perspectivas que tenho para a nova temporada.
Nova estrutura, novo treinador, novos jogadores. O Sporting empenhou-se numa profunda remodelação que procura encerrar um péssimo ciclo coincidente com a presidência de José Eduardo Bettencourt. O começo foi interessante, mas estas três últimas derrotas fizeram soar o alarme. Afinal em que ficamos?
Esta equipa do Sporting continua a evidenciar maus hábitos antigos: Postiga é uma nulidade enquanto jogador de equipa, Evaldo tem a garra de um acéfalo, Djaló a postura de um infantil. E, contudo, são dos elementos com mais minutos nestes jogos de preparação. Atenção, nem discuto o valor relativo destes jogadores, acredito é que não possuem requisitos essenciais a uma equipa vencedora.
A verdade é que detesto criticar jogadores. Infelizmente, parece-me que não há quem lhes meta o dedo no nariz. Aliás, premeiam-se comportamentos e posturas que já custaram pontos ao Sporting (braçadeira a João Pereira). É aqui que entra o treinador.
Aprecio o percurso de Domingos e considero-o o melhor treinador que passou pelo Sporting nos últimos anos. Mas sinto que o sucesso da nossa equipa passa pela coragem de acabar definitivamente com a postura competitiva branda. E se dou de barato os resultados alcançados nestas últimas semanas, já vi comportamentos em campo que dariam direito a uma longa temporada no banco.
Mas nem tudo é mau. Bem pelo contrário. Sinto qualidade latente neste Sporting. Rubio e Carrillo têm enormíssimo potencial. Rinaudo, coragem e determinação. Capel e Jeffren, pedigree indesmentível. Será suficiente?
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